A Polícia Civil inaugurou, na última segunda-feira (08.9), mais um Núcleo Especializado de Atendimento à Mulher e Vulneráveis em Mato Grosso, na Delegacia de Nova Xavantina.
A unidade especializada atenderá mulheres vítimas de violência doméstica e familiar e também será destinada ao atendimento ao público vulnerável, como crianças vítimas de crimes sexuais, de maus-tratos, ou outras naturezas, e idosos.
“Agora, ao recebermos uma mulher que relate qualquer situação envolvendo violência doméstica, ela será encaminhada imediatamente ao Núcleo de Atendimento. Ela será ouvida por uma policial qualificada para esse tipo de atendimento, para evitar qualquer tipo de revitimização, preconceito ou prejulgamento. Todas as etapas serão feitas por uma policial do sexo feminino, como forma de aumentar a efetividade e de acolhermos cada vez melhor as vítimas que passam por essa situação de vulnerabilidade”, afirmou o delegado de Nova Xavantina, Flávio Leonardo Santana da Silva.
Ele defendeu que esse atendimento especializado pode fazer com que mais vítimas quebrem o ciclo da violência doméstica e denunciem seus agressores.
“Estatísticas apontam que grande parte das situações de violência doméstica sequer chegam ao conhecimento da polícia. Isso porque muitas vezes a mulher acaba visualizando diversas barreiras. Então, a criação desse núcleo acaba sendo menos uma barreira no caminho para que a Polícia Civil seja efetiva no combate a esse tipo de crime”, disse o delegado.
Mato Grosso já conta com 27 Núcleos Especializados de Atendimento à Mulher e Vulneráveis, sendo dois deles inaugurados esta semana, um em Nova Xavantina e outro em Alto Araguaia.
A delegada Mariell Antonini, coordenadora de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher e Vulneráveis, frisou que as unidades visam garantir acolhimento às vítimas, para que se sintam seguras para relatar a violência sofrida e tenham um atendimento humanizado.
“Cada um destes núcleos é uma construção coletiva que envolve diversas mãos, corações e mentes comprometidas com a causa das mulheres e demais cidadãos em vulnerabilidade. E o objetivo é oferecer um espaço que respeite as necessidades e singularidades de cada mulher atendida, trata-se de um local que é mais do que um ambiente físico, é um símbolo de acolhimento, empatia e suporte”, disse a delegada Mariell.
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